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Deslocamentos Indígenas e Negros: os primeiros entrevistados
Marci Jean Pereira Santana - Analista de Pesquisa
INTRODUÇÃO
No ano de 2022, o Museu da Imigração começou um novo projeto de História Oral referente aos “Deslocamentos Indígenas e Negros em São Paulo”. Tal projeto conta atualmente com cinco entrevistas disponíveis ao público interessado. Mas porquê começar um novo projeto de História Oral com essa temática? Este texto propõe apresentar a iniciativa, levantando reflexões sobre as dinâmicas sociais relacionadas a nossa instituição museal e que circunscrevem a sociedade em que vivemos, além de elencar alguns tópicos mobilizados nas entrevistas.
Para Paiva (2014):
A compreensão das ações de musealização exige um olhar atento à polissemia de elementos que as informam. Em outros termos, a produção de territórios de memória/história como os museus, dialoga diretamente com questões que envolvem a memória, o patrimônio cultural e a problemática das identidades coletivas dialoga também com um conjunto de saberes relacionados a museologia, museografia, cultura material e intangível igualmente estão presentes. [1]
E no que se relaciona diretamente aos museus de migração, o autor aponta:
Os museus de imigração fazem parte de um ambiente mais amplo no qual as ações e interesses de preservação dos vividos de grupos sociais restritos, coletividades, empresas e indivíduos, estão cada vez mais em voga. Vivemos um contexto social no qual a disputa pelo passado e a inscrição de territórios de memória na paisagem – como é o caso dos museus – passa a ser uma das características do presente. Decodificar uma das expressões dessa vaga patrimonial, da qual os museus de imigração são uma de suas expressões abrirá caminhos para compreendermos não só as novas relações que nosso presente constrói sobre o passado mas, principalmente, as intencionalidades e necessidades contidas nesses espaços de resignificação do passado. [2]
Pode-se então perceber, que teoricamente e socialmente, está posta uma reflexão sobre o espaço dos museus, suas dinâmicas e os conteúdos neles trabalhados, de forma que disputas, problemáticas das identidades coletivas e o saber museológico são mobilizados. O Museu da Imigração foi, e é palco deste cenário.
Um primeiro exemplo disto é o projeto de escuta sobre a exposição de longa do Museu. A ação ocorreu em 2022, compartimentada em cinco encontros, mobilizando organizações de migrantes internacionais, comunidade acadêmica e ativistas, comunidades parceiras da Festa do Imigrante e vizinhança do Museu, organizações internacionais, autoridades no tema migratório e ONGs, e Museus e instituições que trabalham com Memória. Ela possibilitou ao Museu da Imigração perceber diversos pontos relacionados à sua exposição permanente, entre eles, o de que: “A atual exposição de longa duração do Museu da Imigração não superou o desafio colocado em 2014, explicitado no plano museológico da época, de tratar das migrações como um fenômeno humano, para além das migrações históricas.” [3] E que:
Durante as atividades de escuta, foi reconhecida a importância de seguir explorando o caráter afetivo em torno das memórias individuais sobre as migrações. No entanto, é necessário ampliar essa noção de memória, oferecendo essa conexão também às memórias individuais de migrantes internos, povos negros e indígenas e migrantes contemporâneos. [4]
Um segundo exemplo deste cenário, foi a própria formulação do projeto de História Oral discutido neste texto. E, para começar a falar sobre o projeto “Deslocamentos Indígenas e Negros”, se pressupõe a busca para entender as especificidades destes grupos na sociedade brasileira, no objeto-síntese do Museu da Imigração – a Hospedaria de Imigrantes do Brás, e o no próprio Museu da Imigração. Essa discussão está presente no e-book “Afinal, o que é o brasileiro?”. Para Santos (2022):
A construção da Hospedaria é do final da década de 1880, período no qual se gestou o fim do longo processo de abolição do trabalho escravo no País. Essa seria uma simples coincidência não fosse o projeto de embranquecimento disseminado entre – e por – elites daquele período (NASCIMENTO, 2016). Ao colocarmos em perspectiva crítica a narrativa predominante sobre a suposta “transição” de mão de obra como elemento único de motivação da política migratória do final do século XIX, passamos a buscar compreender a Hospedaria de Imigrantes do Brás também como instrumento dessa política de embranquecimento da população brasileira. [5]
Logo:
Essa perspectiva comprometida com o antirracismo não só repõe uma verdade apagada pela história oficial como também abre novos caminhos para conhecer as histórias de deslocamento, que se constituíram a contrapelo da política de embranquecimento em que se inseriu a Hospedaria. Em andamento desde o início deste ano, o projeto de coleta de História Oral do Museu da Imigração “Deslocamentos indígenas e negros em São Paulo” se propõe a ser esse primeiro passo para registrar essas narrativas. [6]
Na apresentação do curso "A Hospedaria de Imigrantes e os tijolos do racismo estrutural no Brasil" – outro projeto do Museu da Imigração que se encontra no cenário de disputas e debates sobre o fazer museológico, a discussão sobre o embranquecimento e o racismo presente na sociedade brasileira também é feita. Na referida apresentação, foi discutido o papel do Museu que, fundado em 1993 para “celebrar as memórias e contribuições migrantes em São Paulo, a partir da história da Hospedaria de Imigrantes do Brás” [7] passou, após a reabertura em 2014, a buscar “[...] um reposicionamento de seus conceitos e objetivos, de modo a abarcar um espectro cada vez mais abrangente de experiências vinculadas aos deslocamentos humanos em nosso país” [8]. Nessa direção, é diagnosticado na apresentação que:
Porém, mesmo estando imerso nas estruturas sociais mais amplas da sociedade, o Museu havia apenas tangenciado, em suas ações e produções, o racismo estrutural, motor da nossa história e formador da nossa identidade, fato fundamental para compreendermos o fenômeno migratório enquanto política de Estado e suas implicações em subjetividades e dinâmicas sociais ainda hoje. [9]
Assim, não mais tangenciando o racismo no tema gerador da instituição, dois anos após a realização do curso supracitado, se iniciou no Museu da Imigração o projeto “Deslocamentos Indígenas e Negros em São Paulo.” A seguir, apresentarei alguns pontos de destaque das entrevistas realizadas no âmbito deste projeto de História Oral.
CRUZAMENTO DE MEMÓRIAS DO PROJETO
O projeto atualmente conta com 5 entrevistas: Emerson Souza; Clarice Pankararu; Poty Poran; Zélia Luiz e Julio Cesar; e Leonila Pontes. As quatros primeiras entrevistas se enquadram nos deslocamentos indígenas e a última nos deslocamentos negros. Para o primeiro caso, temos a presença de indígenas aldeados e em contexto urbano, dos povos guarani nhandeva, guarani mbya e povo terena, em uma tentativa, ainda incompleta, de realizar ao menos uma entrevista com pessoas de cada um dos povos que estão presentes no território do estado. Para o segundo caso foi escolhido trabalhar com a população quilombola do estado: nesse caso foi gravada a entrevista com Leonila Pontes, pertencente ao quilombo Abrobal – Margem Esquerda, no Vale do Ribeira - SP.
Nas entrevistas do bloco deslocamentos indígenas, a migração apareceu de forma contundente e em diversas expressões. Para Emerson Souza, sua história se enredou entre deslocamentos que se dão desde a aldeia Curt Nimuendajú (Avaí - SP) até a região metropolitana de São Paulo e a zona leste da capital. Para Clarice Pankararu, houve um deslocamento entre a aldeia Brejo dos Padres (PE) e o bairro Real Parque na capital paulista. No caso de Zélia e Julio ocorreu um deslocamento de indígenas terena da aldeia Ipegue (MS), para a Terra Indígena (TI) de Araribá (SP). E para Poty Poran, houveram diversos deslocamentos entre sua aldeia no Jaraguá, capital e outras aldeias do estado. Foi possível perceber em todas as entrevistas diversos outros trânsitos: construção de novas aldeias nas TIs, estudo nas cidades/outras cidades, mudanças para conquista de melhores condições de vida e trânsitos que destoam da noção de território estatal – como é o caso do povo guarani mbya.
Falando desses processos de deslocamento e trânsitos, destacam-se dois trechos. O primeiro de Clarice Pankararu: “Então, as minhas lembranças, até os meus 15 anos, foram muito boas, morar na aldeia [Pernambuco]. Eu sempre falo que eu não migrei. Eu fui obrigada a vir para cá. A gente vem por uma necessidade, porque ninguém migra porque quer. A gente migra por uma necessidade.” [10] Já sobre outros trânsitos, vale destacar o relato de Poty Poran:
[...] nós, Guarani Mbya, até hoje a gente ainda, o que vocês chamam de nômades, a gente não nos consideramos nômades, porque a gente considera o nosso território, nosso território tradicional, ele vem lá de baixo, Paraguai, Argentina, Bolívia, aí pega Brasil, do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo, e um pouquinho do Mato Grosso, acho que é Mato Grosso do Sul, e aí todo esse território é o território Guarani Mbya. E quando a gente muda de um território para outro a gente não considera como migração ou como nômade, a gente considera que a gente está no nosso território, na nossa terra. Então, assim, há uma movimentação muito grande entre os Guaranis Mbya, até hoje ainda há uma movimentação muito grande [...] [11]
A relação com a Educação foi um campo de destaque entre os registros. Dos cinco entrevistados, quatro possuíam graduação, e todos já trabalharam ou trabalham na educação formal e informal. Vale destacar um trecho de Zélia Terena sobre a importância das visitas educativas a TI de Araribá.
Por isso, o intuito desse projeto, como komohiti kalivono [palavra inferida] também, de trazer esses alunos não indígenas, vim conhecer, fazer esse intercâmbio entre os alunos indígenas e o não indígena, na hora da brincadeira eles vão estar todos juntos. Então, isso para fortalecer, tanto os nossos alunos indígenas e o não indígena, para estar conhecendo. Porque a gente acredita sim, que futuramente, eles, se for de Bauru ou se for de Campinas, eles vão, se o nosso aluno for querer fazer uma faculdade, eles vão se encontrar dentro de uma faculdade. Então ali aquele aluno, se alguma vez ele veio conhecer a realidade de uma aldeia, então ele já não vai ter esse preconceito com os nossos alunos indígenas. [12]
Vale destacar também no quesito educação, a participação de 4 dos 5 entrevistados do bloco deslocamentos indígenas em programas como o Pindorama (PUC-SP) e a primeira Formação Universitária do Professor Indígena da USP.
Um último ponto de grande importância observado entre os entrevistados referentes à deslocamentos indígenas é a relação entre populações originárias e a migração europeia, incentivada pelo Governo Brasileiro nos séculos XIX e XX e relacionada a uma política do embranquecimento. No relato de Poty Poran:
Poty Poran: Sim. Mas eu vou falar, porque eu queria bastante falar sobre isso, sobre a migração da época lá, dessa política de embranquecimento, a ideia do casamento com pessoas negras, para poder esbranquiçar, mas também teve uma parte muito violenta com os indígenas, porque essa população que veio de imigrantes europeus, eles vinham com a promessa de ganhar terra, e eles ganhavam terra, só que se esqueceram de avisar que essas terras eram ocupadas por indígenas, por povos indígenas, e aí o governo falava assim: “Olha, você vai ganhar esse terra para ir para o Brasil. Você pode ir lá e fazer sua plantação, fazer o que você quiser, só tem que limpar”, a ideia de limpar a terra era limpar de indígenas, então foi mais um momento de massacre. [13]
No bloco deslocamentos negros, decidiu-se trabalhar com a população quilombola do estado de São Paulo. Neste sentido, houve aproximação do Museu da Imigração com a Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira (EAACONE). O contato foi feito por meio do Museu Afro-Brasil e incentivado pelo Sites of Conscience. O Museu então articulado junto à EAACONE, pode ter um interlocutor com pessoas de comunidades quilombolas do Vale da Ribeira, sendo a gravação da entrevista com a senhora Leonila Pontes fruto dessa articulação.
A partir da entrevista de Leonila, surgiram algumas questões relevantes. A primeira é o fato de também haver deslocamentos e trânsitos outros em relação a esse grupo. É o caso dos trânsitos internos entre as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira por meio das diversas conexões familiares entre os diferentes quilombos, os deslocamentos de famílias diante do medo de instalação de barragem hidrelétrica na região, ou trânsitos devido à falta de escolas/UBSs nos próprios quilombos e também a circulação feita por meio do próprio Rio Ribeira. Alguns exemplos desses deslocamentos/trânsitos são percebidos no relato da entrevistada:
CAMILA: Dona Leonila, a gente já ouviu aí, né? Vocês conseguiram vencer Tijuco Alto, mas mesmo não saindo Tijuco Alto, a senhora sabe se teve alguém que foi embora com medo da barragem ter, né… acontecer… tem história de pessoas que, mesmo a barragem não saindo, saíram daqui? A senhora sabe dizer?
LEONILA: Óia, eu sei que aqueles que venderam a terra pra Antônio Emílio, saíram.
CAMILA: Então teve gente que vendeu!
LEONILA: É, que vendeu lá pra cima. Venderam, que disse que ia alagar tudo, venderam e saíram… se receberam, também não sei, porque a gente não sabe. E aí pra cima diz que muita gente saiu, saiu e foi embora. Agora cá embaixo a gente não foi porque, ficou naquelas, porque só se ela sai… se formasse mesmo a barragem, aí muitos iam embora de medo dela pra baixo. Como dizia Zé Rodrigues: “Cem metro pra cima da nossa cabeça?” Aí o negócio não ia ficar bonito. [14]
A entrevistada continua:
E a nossa vida com esse rio era isso, porque antes de ter caminho era só pelo rio… a turma botava, morria uma pessoa lá, era na canoa que ponhava e traziam pra cidade. Se dava um acidente, igual a mãe dela que sofreu um acidente e o pai dela acidentou ela… a canoa vindo da roça, com a espingarda. Era na canoa que vinha pra chegar [...] [15]
Outro deslocamento importante, comumente enquadrado no conceito de ancestralidade e que podemos conceitualizar como diáspora africana, é o da origem familiar de dona Leonila. A entrevistada relata: “Mas a minha origem é… eu sou da origem, africano, da Nigéria, que o avô do meu pai veio da Nigéria. Meu avô já nasceu no Brasil, mas ele nasceu na Nigéria. Meu pai era… nasceu no Abobral, minha mãe também.” [16] Abrobal, margem Direita e Esquerda, é o nome do quilombo que Leonila pertence, e a própria explica o porquê deste nome:
LEONILA: Porque a Abobral foi os africanos que trouxeram pra lá. Porque meu bisa trabalhava no… ele e mais os outros, a turma trabalhava no Engenho de Miguel Antônio Jorge. Eles viajavam de Iporanga… de Eldorado, de lá do Caiacanga a Iporanga, e do Caiacanga a Iguape, carregando as coisas e carregando o Miguel Antonio Jorge. Que eram ele e mais um primo dele que era o remeiro. Ele era Emídio Honorato Costa, e o… esse, esse… e um primo dele que chamava Sarmando Costa. Eram os dois que carregavam o Miguel Antônio Jorge. E aí quando eles vinham pra Iporanga, quando eles desciam pra Abobral e desciam pra ir embora, eles traziam a canoa cheia e levava vazia, aí tinha ilhas, e tinha muita abóbora. Então como eles não tinham o que comer, porque eles levavam abóbora, enchiam a canoa de abóbora e levavam… aí diziam Abobral, Abobral, Abobral… aí ficou abóbora – Abobral. Por causa disso. [17]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto tem possibilitado perceber similaridades entre os deslocamentos indígenas e negros em São Paulo. Além dos que se pode perceber nos exemplos citados acima, um grande ponto de destaque foi a luta pelo território e por direitos. Para entrar nesse assunto, é preciso voltar a noção de que a realização de um projeto de História Oral com essa temática, suscita questionar, socialmente, como esses grupos estão inseridos na história brasileira. Pensar populações originárias e negras no Brasil no que se relaciona a luta, remete diretamente ao conceito de contra colonialidade de Antônio Bispo dos Santos [18]. Esse conceito aponta que a população afropindorâmica [19] no Brasil, desde da colonização até hoje, luta pela continuidade dos seus modos de vida, que são contrários aos pressupostos de uma sociedade capitalista de base colonial.
Alguns exemplos dessa luta que aparecem nesse projeto de História Oral são: a concepção de escolas indígenas nas TIs, suscitado por Poty Poran; a defesa do território narrada por Julio Terena e por Leonila Pontes; o enfrentamento a uma noção de desenvolvimento/evolução que não leva em conta o território e o viver das populações que dependem desses territórios, como narrado por Leonila Pontes e Emerson Souza; e as idas a Brasília e a órgãos públicos para defesa dos direitos indígenas e quilombolas relatadas por Zelia e Julio terena e por Leonila Pontes; entre outros exemplos que todas as entrevistas suscitam.
Para concluir, volta-se à noção de que “A memória é um território em constante disputa e os Museus são instrumentos eficazes para sua inscrição na paisagem.” [20] Desta forma, se percebe então a importância do Museu da Imigração em se posicionar de forma mais assertiva em relação às desigualdades presentes na conservação e perpetuação de memórias, interagindo de forma a preservar e tornar patrimônio também as histórias dos povos afropindorâmicos, que como vimos, foram apagadas ou dissimuladas em uma sociedade marcada pelo embranquecimento e pelo racismo estrutural.
Referências
[1] PAIVA, Odair da Cruz. Museus e Patrimônio da Imigração. História, Memória e Patrimônio Cultural nos Museus de Imigração no Estado de São Paulo.. In: XXII Encontro Estadual de História da Anpuh - SP, 2014, Santos / SP. Anais do XXII Encontro Estadual de História da ANPUH-SP. São Paulo / SP: Anpuh - SP, 2014. v. 1. p. 1-13.
[2] Idem.
[3] MUSEU da Imigração. Dossiê 8 anos depois de “Migrar: experiências, memórias e identidades". Parte 1. 2022.
[4] Idem.
[5] SANTOS, T. H.; ABREU, H. T. (Org.). Afinal, o que é o brasileiro?. 1. ed. Sâo Paulo: Museu da Imigração do Estado de São Paulo, 2022. v. 1. 102p.
[6] Idem.
[7] Quem entra no Brasil? - Apresentação do curso "A Hospedaria de Imigrantes e os tijolos do racismo estrutural no Brasil". Museu da Imigração, 2020. Disponível em: <https://museudaimigracao.org.br/blog/migracoes-em-debate/quem-entra-no-brasil-apresentacao-do-curso-a-hospedaria-de-imigrantes-e-os-tijolos-do-racismo-estrutural-no-brasil>. Acesso em: 24 de Junho de 2024.
[8] Idem.
[9] Idem.
[10] HARUO, Thiago; FALCONERIS, Ana Carolina; PANKARARU, Clarice. História Oral - Clarice Pankararu. Museu da Imigração, São Paulo, 01 de Dezembro de 2022. Disponível em: <https://museudaimigracao.bnweb.org/scripts/bnweb/bnmapi.exe?router=upload/723>. Acesso em: 24 de Junho de 2024.
[11] HARUO, Thiago; SANTANA, Marci Jean Pereira. História Oral - Poty Poran Turiba Carlos. Museu da Imigração, São Paulo, 21 de Agosto de 2023. Disponível em: <https://museudaimigracao.bnweb.org/scripts/bnweb/bnmapi.exe?router=upload/728>. Acesso em: 24 de Junho de 2024.
[12] HARUO, Thiago; SANTANA, Marci Jean Pereira. História Oral - Zélia Luiz e Julio Cesar Pio. Museu da Imigração, São Paulo, 27 de Novembro de 2023. Disponível em: <https://museudaimigracao.bnweb.org/scripts/bnweb/bnmapi.exe?router=upload/725>. Acesso em: 24 de Junho de 2024.
[13] HARUO, Thiago; SANTANA, Marci Jean Pereira. História Oral - Poty Poran Turiba Carlos. Museu da Imigração, São Paulo, 21 de Agosto de 2023. Disponível em: <https://museudaimigracao.bnweb.org/scripts/bnweb/bnmapi.exe?router=upload/728>. Acesso em: 24 de Junho de 2024.
[14] HARUO, Thiago; SANTANA, Marci Jean Pereira; CARMO, Bruno Bortoloto do; PONTES, Leonila Pricila da Costa; COSTA, Virginia da Acenção; MORAES, Tânia Heloisa de; FRANÇA, Letícia Ester de; MELLO, Camila. História Oral - Leonila Pricila da Costa Pontes. Museu da Imigração, São Paulo, 26 de Março de 2024. Disponível em: <https://museudaimigracao.bnweb.org/scripts/bnweb/bnmapi.exe?router=upload/731>. Acesso em: 24 de Junho de 2024.
[15] Idem.
[16] Idem.
[17] Idem.
[18] BISPO DOS SANTOS, Antônio. Colonização, quilombos. Modos e significações. Brasília: INCTI, 2015.
[19] A denominação de povos quilombolas, negros e indígenas como afropindorâmicos é uma sugestão do líder quilombola e escritor Antônio Bispo dos Santos [Idem].
[20] PAIVA, Odair da Cruz. Museus e Patrimônio da Imigração. História, Memória e Patrimônio Cultural nos Museus de Imigração no Estado de São Paulo.. In: XXII Encontro Estadual de História da Anpuh - SP, 2014, Santos / SP. Anais do XXII Encontro Estadual de História da ANPUH-SP. São Paulo / SP: Anpuh - SP, 2014. v. 1. p. 1-13.