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29 de junho de 202415h
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Palestra | TERRITÓRIOS: Desafios das mulheres e populações LGBTQI+ nas migraçõesAtividade online
O projeto Territórios surge do desejo do Núcleo Educativo do Museu da Imigração de criar uma rede de conexão que integre agentes sociais, culturais, possibilitando o pertencimento à cidade, juntamente com questões identitárias pensadas não somente para a população migrante, mas com esta.
No dia 19 de abril, houve a abertura do projeto que contou com uma conversa com o artista Paulo Chavonga. E no dia 20, um bate papo com as artistas Karla Burgoa e Stephanie Ilhanes, além de uma oficina de jardinagem com o Grupo Da Mata. Confira as fotos do evento clicando aqui.
Nessa edição, integrando o calendário do Mês do Orgulho em Junho, a proposta é contribuir para os debates acerca do movimento LGBTQIAP+ ao receber a psicóloga e pesquisadora Maria Paula Bottero para um debate sobre migração e gênero. O evento acontecerá online, gratuitamente, através de plataforma digital.
Palestra | Desafios das mulheres e populações LGBTQI+ nas migrações
A proporção de mulheres migrantes vem crescendo e o fenômeno é reconhecido como a feminização das migrações. No entanto, essa visibilidade deve ser acompanhada pela análise do gênero como uma categoria central na migração, considerando as diferenças e desigualdades.
Historicamente, a migração tem sido vista como um fenômeno masculino, e as legislações e políticas públicas foram desenvolvidas de forma a privilegiar os homens cis heterossexuais, ou a atrelarem a presença e o papel das mulheres à maternidade. As mulheres migrantes enfrentam vulnerabilidades como dificuldades de acesso a direitos sociais e recursos públicos, além de discriminações como migrantes. Ao abordar questões de gênero na migração, se mostra essencial reconhecer que a participação das mulheres foi negligenciada ou estereotipada como dependentes passivas. Uma análise de gênero nas migrações exige um estudo profundo das instituições e ideologias que as pessoas migrantes encontram na sociedade receptora, revelando como o patriarcalismo organiza a vida e as oportunidades dessas pessoas.
A migração é uma prática entrelaçada de motivos, influenciada por sistemas de raça, etnia, classe e gênero. No caso das pessoas LGBTQIA+ migrantes, ainda há falta de dados específicos, mantendo essa população invisível. É fundamental, também, discutir a migração de pessoas LGBTQI+ dentro dos estudos de gênero. Pessoas trans e travestis, por exemplo, enfrentam desafios adicionais relacionados à sua identidade de gênero, como discriminação severa e dificuldades na atualização de documentos, o que pode impactar seu acesso a serviços essenciais.
A cidade de São Paulo oferece suporte adequado a esses grupos? Existem organizações ou redes de apoio que possam ajudar mulheres e pessoas LGBTQI+ imigrantes a navegar pelas complexidades da vida na nova cidade? Como essas organizações lidam com a interseccionalidade que inclui raça, nacionalidade e classe? Para este processo, além da análise de gênero, vamos tentar responder essas perguntas e reconhecer como a Rede MILBi+, sendo um coletivo, lida com os diferentes desafios para situações emergências com estas populações que exigem respostas urgentes e quais tem sido os aprendizados nos últimos anos de atuação no Brasil e nas Américas.
Palestrante | Maria Paula Botero
Migrante lésbica colombiana radicada em São Paulo, com formação em psicologia e mestrado em Ciências no programa de Mudança Social e Participação Política da Universidade de São Paulo. Fundadora da Rede MILBi+ e membro da Secretaria Técnica da Rede Regional de Proteção a Personas LGBTQI+ migrantes das Américas e o Caribe.
+ informações:
Data: 29 de junho de 2024
Horário: 15h
Plataforma online: Zoom (Link disponível clicando aqui)
Valor: Gratuito

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